terça-feira, 7 de setembro de 2010

BOLEIROS---07/09/2010


HISTÓRIA DE UMA REPÚBLICA CORINTIANA
1977 A 1989
O ano de 1977 ficou marcado na história corintiana como o ano da redenção. Eram 23 anos sem títulos e Vicente Matheus começou a montagem daquele time trazendo Palhinha, do Cruzeiro pela quantia recorde da época: 7 milhões de Cruzeiros(que ironia né) e chegou desfilando com direito a  carro aberto, batedores e sirene. Era o ídolo que faltava aquele time que se consagraria no dia 13 de Outubro de 1977. Os heróis de 1977. Eram 86.777 pessoas naquela final, contra a Ponte Preta no Morumbi (ironia né), que se espremiam para ver o time de seu sonhos campeão. Coube aos pés de José Roberto Basílio, ou Basilío, colocar fim ao jejum de 23 anos. Um time que contava com Zé Maria, Vaguinho, Wladimir, Geraldão entre outros. Já em 1978 chegava ao Timão outro que se tornaria um ídolo incontestável, acompanhado de um que seria tão respeitado e ídolo quanto ele: Sócrates que chegou do Botafogo de Ribeirão Preto, acompanhado de Biro-Biro, ou talvez Lero-Lero como Matheus o chamava. O Timão venceria o campeonato de 1979 que foi decidido em 1980 por brigas no tapetão da Federação Paulista de Futebol, com Sócrates, e Palhinha desfilando seu grande futebol e vencendo sua última taça pelo Timão pois deixaria o clube neste ano indo para o Atlético-Mg. Matheus trouxe em 1981 da Arábia Saudita outro grande nome corintiano: Zenon e ai começaria a história da Democracia Corintiana.

 A democracia conrintiana foi formada pelos jogadores que eram mais politizados do clube: Sócrates, Casagrande, Wladimir e Zenon. Foi considerado o maior movimento democrático dentro do futebol brasileiro de todos os tempos. Aconteceu sob a presidência de Waldemar Pires que contratou Adilson Monteiro Alves, sociólogo, como diretor de futebol. Nesta época o Timão foi o primeiro clube brasileiro a utilizar dizeres publicitários em suas camisas e implantar o sistema de auto gestão onde jogadores, comissão técnica e diretoria decidiam tudo no voto.O resultado deste sistema revolucionário foram as conquistas do paulista de 1982 e 1983 e as semifinais do brasileiro. Além disto neste sistema de auto gestão o Timão quitou todas suas dívidas e deixou em caixa aproximadamente U$ 3.000.000. 1984 sem a democracia corintiana e 1985 foram anos em que a equipe amargou resultados ruins.

 O Timão voltaria e vencer o paulistão em 1988 com os "meninos do parque", jovens jogadores lançados pelo time como Ronaldo e Viola que se tornariam grandes ídolos do clube , além de  Marcelo, Marcio Bitencourt e Marcos Roberto. Ronaldo jogaria 10 anos consecutivos pelo Corinthians como titular, se tornando o goleiro mais novo a estrear pelo Timão (quando substitui Carlos em uma partida contra o São Paulo e ainda pegou até um penalti) e fazendo 602 jogos, se tornando o recordista de partidas pelo clube. Mas ainda faltava um título que estava engasgado na garganta dos corintianos: O Brasileiro. Próxima parada: Anos 1990 a 2010.



VINTE ANOS DE UMA PAIXÃO
Como pode ser calculado o amor por um clube? Como pode ser calculado o valor histórico de um jogador dentro deste clube? Como pode ser analisada a carreira de um homem que se entregou a este clube incondicionalmente? Poucos fazem isto dentro do futebol. Poucos tem esta admiração e paixão pelo clube que fez sua carreira. Um destes é Rogério Ceni. Um cidadão paranaense, nascido em Pato Branco, a 37 anos, que comemora 20 anos em um clube como ele gosta de dizer que é a sua segunda casa. Rogério conquistou marcas no tricolor paulista que muitos nem imaginam chegar como goleiro. Dono do maior número de gols feitos no mundo por um goleiro: 90 gols. Acham pouco? Então vejam seus recordes pessoais pelo São Paulo: Maior número de partidas disputadas: 924;  maior número de titulos oficiais disputados: 14; maior artilheiro do clube em Libertadores: 11 gols; recordista sem tomar gols por minuto no brasileiro: 988 min e recordista de jogos no brasileiro: 403. Quando em 6 de Setembro de 1990 ele chegou ao Morumbi, que ele mesmo declarou que era algo de outro mundo, gigante, ele nem imaginaria a pressão que seria jogar para aquela torcida. Teve paciência para esperar seu lugar ao sol e este sol era nada mais nada menos que Zetti, que vivia a melhor fase de sua carreira. Assim que assumiu a camisa 01 nunca mais deixou que ninguém duvidasse de sua capacidade debaixo dos três paus. Pai, jogador, personalidade forte que não se esconde atrás de subterfúgios para explicar suas posições. Um mito se resume  a poucas coisas: Profissional competente, homem de destaque e principalmente sabedoria e inteligência em suas decisões tanto na parte profissional como pessoal. Este é Rogério Ceni. Este é o mito sãopaulino.

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