HISTÓRIA DE UMA REPÚBLICA CORINTIANA
1950 a 1976
Após uma década de poucos títulos,o Timão renovou sua equipe para 1950 e se iniciaria ali uma das décadas mais vitoriosos do glorioso alvinegro. O Corinthians recorreu ao que sempre teve de melhor que são suas categorias de base e trouxeram dali um gênio que se chamava Luizinho, alem de Cabeção, Roberto Belangero e Idário, que juntaram-se ao grande ídolo da década de 40 que era Cláudio, e se tornou o maior artilheiro de todos os tempos do Timão com 305 gols em 549 jogos. Luizinho foi apelidado de pequeno polegar por seu tamanho 1.64 m e por sua capacidade fantástica de driblar. O Corinthians venceu de cara o Campeonato Paulista de 1951 e 1952, Torneio Rio-São Paulo 1950, 1952 e 1953, e da Pequena Taça do Mundo em 1953, primeiro título internacional do clube. Mas o que chacoalhou a história foi o título do Campeonato Paulista de 1954, pois era o ano do IV Centenário e foi considerado o título de campeonato paulista mais importante até hoje. E foi só preciso empatar com seu arqui-rival Palmeiras na final, para que o time pudesse saborear o título do Campeonato Paulista de 1954. Uma década que marcou estes cinco jogadores na foto acima (em ordem) Cláudio, Luizinho, Baltazar, Rafael e Nonô, que foi o ataque campeão do Campeonato Paulista de 1954, último título antes do grande jejum corintiano. Em 1959, surge porém aquele que se tornaria uma lenda no Parque São Jorge: Vicente Matheus, que venceu a eleição para a presidência e assumiu o Timão nesta época difícil, pois em 1961, após fazer um campeonato paulista horrível o time ganhou até o apelido de "faz´me rir" das torcidas adversárias. Buscando acabar com o jejum de 10 anos sem título o Timão resolve promover das suas categorias de base um menino que iria se tornar um dos maiores ídolos do clube: Roberto Rivelino, o reizinho do Parque São Jorge.
Ainda trouxe Ditão, Nair e nada mais, nada menos que Mané Garrincha contratado junto ao Botafogo por U$ 100 mil, um recorde para a época. Noticiando o fato o jornal A Gazeta Esportiva classificou como a maior verba que um departamento de futebol havia gasto para um campeonato e classificou o time de "TIMÃO DO CORINTHIANS", surgindo dai o apelido que não abandonou o clube até hoje. Pena que não venceram o campeonato e a passagem de Garrincha foi pifia, pois ele tinha seu desempenho atrapalhado pelo álcool e por problemas em seu joelho, tanto que em treze partidas marcou só dois gols. A única alegria futebolística nesta década foi em 1968 quando Paulo Borges libertou o Corinthians de um tabu de onze anos em vitórias sobre o Santos de Pelé. Disposto a acabar com o jejum de títulos o Timão contratou o "Rei da Raça", Zé Maria, o Super-Zé, como chamavam, Vaguinho, Geraldão e promoveu das categorias de base aquele que seria considerado o melhor lateral esquerdo do clube até hoje: Waldimir. O que não esperavam é que mesmo assim em 1974, com este super time, seriam derrotados pelo arqui-rival Palmeiras, causando uma das maiores decepções na torcida corintiana que tratou de arrumar logo um culpado: Rivelino. Por este motivo, Riva, triste transferiu-se para o Fluminense. O que não esperava é que logo dois anos depois fosse disputar uma semi-final de Campeonato Brasileiro contra o Timão no que seria considerada uma das maiores provas de amor corintiano de sua torcida.
Um fato marcante na década de 70 também foi a "INVASÃO CORINTIANA NO MARACANÃ", que aconteceu em 5 de Dezembro de 1976. Como se explica que uma torcida de 70 mil corintianos que não comemoravam um título a vinte anos, se desloca por cerca de 429 Km para ver seu time contra uma equipe que era considerada uma máquina na época e com o comando um dos seus principais ídolos? Loucura, ou paixão? Pois tranquilamente era isto que estes corintianos que lotaram o Maracanã sentiram quando Carlos Alberto Pintinho fez o gol do Fluminense, ou quando Ruço empatou e Tobias defendeu duas cobranças de penalti levando o time a final. Na final o Timão foi batido por outra forte equipe: O Internacional de Porto Alegre, em 12 de Dezembro de 1976, comandado por Falcão, Batista, Figueroa entre outros craques. Neste dia me lembro bem, era meu aniversário e assumi de vez o manto alvi-negro e me tornei corintiano. Amanhã 1977 a 1990.
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