terça-feira, 22 de novembro de 2011

A PRINCESA, O LOUCO E UM FURACÃO NA BAIXADA---21/11/2011

Existem coisas na vida que temos que experimentar, que são interligadas ao que fizemos durante nossas vidas, que são importantes para nós. Quarta Feira dia 16 eu vivi uma experiência destas. Tudo começou com uma brincadeira familiar entre meus filhos e minha esposa, Rossana, a nossa princesa. Em uma familia de Loucos pelo Corinthians desafiamos ela a torcer para um time, que não fosse o nosso e nem o Palmeiras(rsrsrsrsrsrsr). Pra que. Em uma entrevista na televisão ela escolhera seu time: O Atlético-Pr, talvez nem por suas cores, mas por ser paranaense e ter Renato Gaucho a sua frente. Técnico bonitão né????. Falar o que, desafiamos e tivemos que aguentar. Ai começava o calvário de nossa princesa que viu o técnico bonitão ser demitido, substituido pelo carequinha Antonio Lopes, e seu time decair pelas tabelas. Quem pensaria que ali estaria surgindo uma nova torcedora do Furacão. Pois é, não desistindo ela me propôs ver um jogo do furacão até o fim do ano. Como bom corintiano, olhei a tabela do campeonato e decidi: Se tivesse que ser seria dia 16, contra o São Paulo. Como bom seguidor de futebol sabia que o tricolor jamais havia ganhado do Furacão na baixada. Ai o presente estaria completo. Será que o Furacão me ajudaria? Chegamos em Curita a tarde fomos recepcionados por nossos primos André e Amanda, e esperamos chegar a hora de ir para o estádio. Eu cético como todo bom corintiano tratando como se aquela fosse uma partida normal, ou mais uma em minha vida de torcedor. Ai veio o engano que só o futebol pode proporcionar. A minha princesa ao chegar no local estava inebriada, ohlos brilhantes, eufórica. Como pode né nem era o Corinthians? Ao pisar o estádio tudo mudou.
O corintiano começou a sentir a magia daquele local que tantos falaram. Sempre me disseram: "Você vai se surpreender". A surpresa começou pela grandiosidade e pela organização do local. Como não poderia deixar de ser caia uma garoa fina e fria na noite curitibana e fomos até nossas cadeiras. Ficamos observando os poucos e ralos torcedores atleticanos contra uma barulhenta torcida sãopaulina ao gritos de "Ão,Ão, segunda divisão". Lembrei-me do que meu primo André havia falado, que seria jogo para 15.000 a 16.000 torcedores. Novamente o cetissismo corintiano aflorou pois achei que não chegaria até este total Bem isto não interessava pois ao meu lado estava a torcedora mais animada e entusiasmada com o jogo. As luzes poderiam se apagar pois seus olhos continuariam a brilhar e iluminar o jogo. Que coisa deveria ter pedido a ela para ser corintiana. Mas.........
La pelas 8:15, o estádio calmo começaria a se transformar. Um tsunami rubro-negro começou a adentrar a baixada e a torcida sãopaulina em vantagem se tornou um ponto pequenininho no estádio. Sim os fanáticos chegaram e em 15 minutos se apoderaram e seu caldeirão. Quase 16 mil atleticanos chegaram quase ao mesmo tempo. A palavra que achei no momento para minha princesa foi: Absurdo, impressionante. Começou a partida. Agora é minha vez. Lopes surpreendeu: armou um 4x3x1x2 com Paulo Baier, o monstro, como joga, pelo meio de Nieto e Guerrón. Nieto se enfiava e Guerrón puxava a marcação do lado esquerdo sãopaulino tentando abrir o meio de área para a entrada de Baier e de outro monstro da partida: Marcelo Oliveira. O time do Furacão estava ligado e querendo a vitória. Minha princesa era um sorriso só mas um pouco comedida, talvez estranhando o alvoroço e a energia do estádio. Aliás eu estava de camisa de manga curta, sem blusa contra uma torcida encapotada. O calor e a energia do local eram o suficiente para espantar o frio. O time do São Paulo era compacto e eficiente nos contra ataques principalmente com Lucas e Fernandinho. Tensão, apreensão que duraram apenas 11 min do primeiro tempo quando Marcelo Oliveira passou uma bola para Nieto que desprezou a pelota deixando livre para Guerron abrir o placar contra o todo poderoso Rogério Ceni. Aliás como pegou bola no jogo inteiro. É um monstro um goleiro diferenciado mesmo. O duro é constatar isto ao vivo.Rsrsrsrs.
Placar aberto e o sangue esquentou com a torcida vibrando, e mesmo corintiano tive que soltar o grito que é minha marca registrada!!!
"CCCCCAAAAAAAAAAAAAAAAAAXXXXXXXXXXXXXXAAAAAAAAA" para alegria e euforia de minha princesa que viu seu Louco se transformar no mais fervoroso torcedor atleticano. Não deu para aguentar, não sei por influência daquela torcida maravilhosa, mas torci e com direito a todos os palavrões, adjetivos possíveis para o time do São Paulo. O primeiro tempo terminou com dificuldades para o Furacão, o que não foi novidade no segundo tempo quando Leão promoveu várias alterações encurralando o Atlético em sua defesa. Minha Princesa estava apreensiva, mas teve em seu corintiano louco uma palavra de alento: "Não empata e não ganha do Furacão". Dito e feito, com muita raça, dor e cansaço o Furacão venceu e premiou minha Princesa com sua primeira vitória em seu primeiro jogo na Arena. Roteiro melhor não poderia acontecer. Na saída a torcida eufórica cantava suas músicas de guerra, o tiozinho do churrasco e da cerveja vendia seus últimos itens, mas uma coisa inebriava minha alma que era a certeza de mais uma vez o futebol ter me dado um maravilhoso presente: A chance de ter ao meu lado a pessoa mais importante de minha vida, torcendo comigo e compartilhando momentos que antes eram isoladamente sentidos por mim.
Por issso agradeço de todas as formas possíveis a minha Princesa Rossana, ao André e a Amanda, ao futebol, e claro sem sombra de duvida a você FURACÃO!!!!!!!!!!!!!!!!! Como a torcida gritava: AAAAAA..........TLÉ............TICO........... Valeu rubro negro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Abaixo um video da torcida do Louco!!!!

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