sexta-feira, 20 de maio de 2011

COM SERIEDADE E COM CIDADANIA---20/05/2011

Hoje vou deixar o esporte de lado e comentar sobre um assunto que faz parte de minha vida pessoal, espero que todos possam aproveitar alguns pitacos deste louco que vos escreve. Sempre convivi inteiramente e pessoalmente com a evolução na educação de surdos. Aprendi com o tempo e com minha competente e linda esposa que estes seres, estas pessoa não são especiais e sim abençoadas por não terem que ouvir alguns impropérios que muitos políticos e pseudo-educadores proferem a seu respeito. Uma pessoa surda, muitas vezes tratada como surda muda, o que é errado, tem os mesmos direitos que qualquer pessoa normal, entre aspas. O que ela tem é uma deficiência que muitas vezes é interpretada como deficiência mental, para leigos, mas é uma deficiência física para pessoas que entendem do corpo humano como seu louco aqui. Atrás desta deficiência física vem muitos problemas como o que vamos abordar hoje: O aprendizado, que este sim tem que ser especial. As pessoas desde os primórdios da humanidade tendem a se juntarem em tribos. Nossos surdos tem este direito. Ter sua tribo. Aprender com sua tribo, com os professores de sua tribo. Se os negros tem cotas, os indios, os deficientes fisicos e visuais tem  calçadas especiais,etc... o porque não respeitar a "nossa tribo". Sim me considero desta tribo, porque a mais de  14 anos convivo com o sofrimento educacional destas crianças e adultos.Nada é nunca fácil para ninguém, mas ver o sorriso no aprendizado destas crianças e adultos traz uma satisfação enorme a quem os educa. Alguém imagina o que é aprender na ausência do som? E em uma sala com apenas uma professora para interpretar o diverso mundo educacional que está sendo passado ao mesmo tempo aos ouvintes e a esta pessoa tão especial. Porque especial? Simplesmente porque ela tem direitos que podem estar sendo negados da forma que os projetos e leis educacionais de nosso país estão sendo empurrados goela abaixo de nossas crianças e adultos, com a ajuda de politcos e politiqueiros, que mandam no MEC (Ministério da Educação e Cultura).A lei de inclusão é clara (embora eu não concorde) mas tem que ser discutida de uma forma mais elástica e não da forma que o MEC do último governo e do atual fazem. Não se trata uma célula da população, que tem seus direitos e é especial desta forma. A vida não pode ser tratada desta forma, pois estas pessoas estão vivas, tem direito a esta vida e a uma educação que lhes proporcionará uma condição melhor de vida. Atrás destas pessoas existem profissionais abnegados e com a máxima condição de educar, que por muitas vezes são tolhidos deste seu direito também. Por quererem ensinar da forma certa e exata são mal interpretados, como se quisessem ser donos do ensino. Ledo engano, são pessoas corretas e profissionalmente competentes a exercer esta função. Dentro deste referido MEC que é um orgão de educação existem pessoas como a Martinha Claret, cega,diretora de políticas educacionais especiais, que diz que não existe cultura surda, mas que existe cultura cega. Talvez esta pessoa "cega" ante aos problemas das pessoas especiais no Brasil não se de conta que o Braille é tão usado no Brasil atualmente quanto a LIBRAS, que é a Linguagem Brasileira de Sinais, a língua dos surdos. Que MEC é este? A Dona Martinha quer tirar a educação básica do INES  e do IBC. Esta pessoa que está no MEC, por obra de não sei que destino, quer acabar com a educação fundamental e média, em escolas especiais para surdos, e mudar para a inclusão, ou seja fazer um surdo ir direto para a educação fundamental sem ter um preparo anterior, só tendo um intérprete em sala de aula. Quem vai ensinar a linguagen de sinais para este surdo? Ele simplesmente entra no ensino fundamental já sabendo LIBRAS? Vamos retroceder em tudo que ja foi conquistado e ensinado até agora?  As escolas especiais são necessárias para isto e parece que nossa querida Martinha Claret não sabe disto. É muito fácil jogar crianças e adultos de um lugar para outro sem saber o que isto ocasionará em termos educacionais e pessoais. No caso dos surdos é o que estão querendo fazer querendo acabar com as escolas especiais sem respeitar a opinião de quem mais tem direito de opinar: Os Surdos. A senhora Martinha pode ser cega mas não deve ser surda, e vai ter que ouvir o clamor silencioso desta tribo que murmura palavras e se expressa silenciosamente com suas mãos.
 Aqui em Campo Mourão temos uma Escola Especial, a Escola Municipal de Educação Especial Espaço Aberto. Esta escola pode ser fechada pelos desmandos desta pessoa cega em termos de educação. Esta escola sempre primou em educar e principalmente transformar em cidadãos os alunos surdos que passaram por ela. É renomada na região. É reconhecida na região. É tranquilamente uma das melhores do Paraná, senda a única da COMCAM. É uma escola de excelência em todos os sentidos que pode ser fechado pelo crivo ridículo e medíocre de uma pessoa que está a milhares de quilómetros de nossa cidade e não conhece a veracidade do ensino especial. A ANSARA, assim como a Escola Espaço Aberto, em nome de sua diretora, minha esposa Rossana Eliza (e que espero que muitos idiocratas mediocres não imaginem que estou escrevendo estas palavras por isto)
de todas suas professoras e professor, o Giovani, surdo, e zeladoras, cozinheiras, lutarão para que isto não  aconteça, mas precisarão de sua ajuda povo humilde, eclético, trabalhador, devoto da sinceridade, abnegados das causas impossíveis e principalmente politicos decentes e não falastróes, para que estas escolas não só em Campo Mourão, mas como no Brasil inteiro não fechem por obra de uma pessoa cega para a educação. Está luta é árdua e longa. Esta luta já vem por anos, mas até agora através de pessoas dedicadas não foi vencida por um grupo despreocupado com a educação. Isto é um Bulling contra os Surdos. Isto é um desrespeito com a cultura surda. Isto é um desrespeito para com brasileiros que tem direitos a vida, a educação e ao trabalho. Citando Eleanor Roosevelt: "O futuro pertence a aqueles que acreditam na beleza de seus sonhos". Vamos sonhar minha tribo.

Abaixo o video da campanha nacional. Reflitam.

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